segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Marilyn Monroe's Bird Song

I just saw this Marilyn picture and I've thought imediatally on Florence's song, so I'm joining both:


Bird Song



Well I didn't tell anyone, but a bird flew by.
Saw what I'd done. He set up a nest outside,
and he sang about what I'd become.
He sang so loud, sang so clear.
I was afraid all the neighbours would hear,
So I invited him in, just to reason with him.
I promised I wouldn't do it again.

(...)

I opened my mouth to scream and shout
waved my arms and flapped about
But I couldn't scream I couldn't shout,
The song was coming from my mouth.

(...)

sábado, 26 de novembro de 2011

O que a água me deu

Nota: Esse é um texto do Marcos, Flow apaixonado pela Florence como todos nós. Esse texto ele escreveu inspirado em What the Water Gave Me. Aqui estou só reproduzindo o post original =) Enjoy it \o

*


*



Para Ofélia.

- Quem é você? – Ela me perguntou naquela noite.

- Sou sua consciência. Seu anjo da guarda – respondi.

Mas talvez essa não seja a melhor maneira de começar essa estória...

Era uma vez uma garota que já não era menina, tampouco era mulher. Ela não era, pois vivia fora do tempo, no meu tempo, e nem mesmo eu sei como conseguiu tamanha proeza. Seu nome? Ela tinha vários. Alice, Helena, Laura, Maria, Joana... Mas vamos chamá-la de Ana. Só Ana.

Ana viveu boa parte de sua vida dentro das regras, ela era o orgulho de seus pais e suas mães. Só tirava boas notas quando esteve na escola, falava várias línguas, tocava alguns instrumentos e ainda fazia trabalhos voluntários.

Pessoas são influenciáveis. Sim, todas elas. Mas não Ana. Ela tinha sua própria opinião. Ouvia novas idéias, registrava, pesquisava, estudava e decidia. Portanto, estão errados aqueles que disseram que foi influencia de amigos. Não foram os amigos. A semente do mal veio com o vento e se instalou em seu coração puro. A culpa é do vento.

“O que está acontecendo com você?” seus pais e mães perguntavam.

“Eu só quero mudar” ela respondia.

E ela mudou. Mudou seu guarda roupa, usou os mais excêntricos cortes de cabelo e todas as cores de maquiagem. Mudou seu estilo de música, mudou de casa, de carro, de nome, mas ainda era Ana. Só Ana.

Eu já estava perto dela nesse tempo. Algumas das escolhas que ela fez foram sussurradas por mim. Eu a fiz conhecer as pessoas certas e procurar nos lugares certos. Ela se tornou uma amante cruel, imperfeita... Foi quando clamou por mim pela primeira vez.

Não a respondi de imediato, é claro. Ela precisava se alimentar.

Ana sugava segredos e não os dividia. Quando estava pesada o suficiente, quando enxergava em vermelho e sentia cheiro de maçãs pela manhã eu me fiz visível.

- Quem é você? – ela me perguntou naquela noite.

- Sou sua consciência. Seu anjo da guarda.

Ana acreditou em mim.

- Você sabe? – Ela perguntou, só pra ter certeza.

- De tudo.

Nos arrastamos pela cidade. Ela estava muito pesada em meus braços, e quando não conseguia andar eu a carregava nas costas.

- É aqui – sussurrei, gentilmente.

O sol estava nascendo e seu reflexo brilhava nos olhos de Ana e no rio que rugia a alguns metros abaixo dela.

- Não há perdão – ela falou baixinho. Eu concordei com um gesto.

A gravidade machucava.

- Você sabe o que fazer – eu disse.

Então ela escorregou, e todo o peso que ela carregava a puxava cada vez mais para baixo na água gelada.
Primeiro sentiu o cheiro das maçãs, depois ouviu a água invadir seus pulmões.  Ela achou que eu era o sol brilhando através da morte, dizendo adeus enquanto todos os segredos escorriam de seu corpo.
*
What the Water Gave me


 *

escrito por Marcos Wesley

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Florence Friday



Hi, everyone \o
I'm little bit upset 'cause I won't go to the Florence + the Machine's show in Brazil. I've money for the ticket, but not for the whole trip ('cause the shows are on São Paulo, Rio de Janeiro and Florianópolis and I live in Pará, that is FAR WAY from those places). I've cried a whole day, but then I raised my head and I've decided that I'll get a job (I'm still underage) and work HARD, 'cause I don't want to die without seeing Florence Welch! God Help Me!
But there is a good new, we're right now on Twitter: https://twitter.com/#!/machinesgoddess



Olá, pessoal \o
Estou um pouco triste porque não irei ao show da Florence aqui no Brasil. Eu tenho dinheiro para os ingressos (até pq pago meia, como universitária), mas não para os custos da viagem (eu moro no Pará). Eu chorei um dia inteiro, sem parar, fiquei até de olho inchado. Mas eu ergui minha cabeça e decidi que eu vou correr atrás de um emprego (pq ainda sou de menor) e trabalhar MUITO, por que eu não quero morrer sem ver Florence Welch! Deus me ajude!
Mas tenho uma boa nova, estamos agora no Twitter: https://twitter.com/#!/machinesgoddess

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Florence + The Machine at KFOG FM Private Concert

I loved it w/ all my soul, so I'm sharing with you =)

Amei esse pequeno show com toda minha alma, então estou postando-o aqui =)

No Light No Light: Análise do Vídeo



Florence + The Machine - No light, No Light
Letra: Florence Welch e Isabella Summers
Direção: Arni and Kinski
Vídeo baseado no quadro "O suicídio de Dorothy Hale" de Frida Kahlo. (1938-1939). Oil on masonite. 60.4 x 48.6 cm
Quadro que foi encomendado a Frida por Clare Booth Luce (editora da revista Vanity Fair), que era amiga de ambas Frida Kahlo e Dorothy Hale, para presentear a mãe de Dorothy.
Dorothy Hale foi uma socialite e atriz americana, esposa de Gardiner Hale. Depois da morte do marido, Dorothy entrou em dificuldades financeiras nas quais se tornou incapaz de resolver, e, em desespero Hale tirou a própria vida.
Clare encomendou a Frida o retrato de Dorothy e eis que Kahlo aparece com o polêmico quadro do triste incidente de Dorothy. Chocada com a pintura, o primeiro impulso de Clare foi desejar que a obra fosse destruída, mas depois foi convencida por amigos a mantê-lo. O quadro sofreu algumas alterações um tempo depois.




Logo nos primeiros segundos de No light, No light, o rosto de Florence aparece em imagem desfocada, dando destaque a um crânio de cristal.


Em seguida, surge um personagem neon com rosto coberto, sentado em um trono em uma sala escura iluminada por velas. Ele caminha até um boneco de Vodu. (crença sincrética na qual os descendentes dos escravos da áfrica ocidental foram os primeiros praticantes).
Em um ambiente de arquitetura eclesiástica, surge uma procissão de meninos vestidos de batina. O líder do cortejo segue incensando o caminho, ato eclesiástico utilizado para purificar o ambiente.
Em seguida, aparece Florence no alto de um prédio, em frente a uma estrutura de ferro, onde podemos visualizar uma metrópole. Florence está trajando um vestido preto, uma referência ao Madame X Femme-Fatale Black, vestido de veludo preto acompanhado de rosas amarelas que foi dado de presente à Dorothy Hale por Isamu Noguchi; era o seu vestido favorito, e foi usado por ela no dia do triste incidente.



A música começa:

"You are the hole in my hand
You are the space in my bed
You are the silence in between
What I thought and what i said
You are the night time fear
You are the morning when it's clear
When it's over, you're the start
You're my head, you're my heart"



Nesse momento, os meninos do cortejo do inicio do vídeo acompanham a música em coro.
Começa o refrão:
"No light, no light in your bright blue eyes
I never knew daylight could be so violent
Revelation in the light of day
You can't choose what stays and what fades away
And I'd do anything to make you stay"



O personagem que até então estava com o rosto coberto tira a máscara e dá inicio a movimentos performáticos; Florence aparece correndo assustada logo na cena seguinte, dando a entender que o personagem da máscara foi libertado dentro dela.
Depois Florence aparece segurando firme na estrutura de ferro, seguido de flashes em que ela aparece correndo, e um outro personagem neon é revelado.
Essas entidades das sombras são a representação das inquietações e tormentos interiores de Florence, que ela tanto fala em outras musicas do Ceremonials (vide Shake It Out, Seven Devils). Ainda fazendo movimentos performáticos, ele a atormenta – quando ele dança e se agita, ela aparenta ainda mais sua perturbação no topo do prédio.

Aparecem cenas rápidas onde ela corre, passando por uma escada em um beco escuro, fugindo de um terceiro personagem, um enviado das sombras.

"No light, no light

Tell me what you want me to say"
"Through the crowd I was crying out and in your place"

A entidade maligna inicia a prática do Vodu, e Florence, sentindo as dores, se contorce no alto do prédio. Vemos que a primeira coisa que a entidade espeta é a garganta dela, o que pode estar diretamente ligado ao fato de, ao longo da letra da musica, notarmos que Florence tem dificuldades em dizer para a outra pessoa o que ela fez, por medo de ser abandonada (“Would you leave me, if I told you what I've done? /And would you leave me, if I told you what I've become? / 'Cause it's so easy, to say it to a crowd / But it's so hard, my love, to say it to you alone...”)
Fica claro também que a “realidade” no vídeo ocorre apenas nas cenas onde ela está no topo do prédio, prestes a se jogar, e no final, quando ela o faz de fato. As entidades obscuras e as cenas de fuga são todas metáforas do que se passam em seu interior, como estão seus sentimentos e sua mente naquele momento – ela está confusa, amedrontada, desesperada.


"There were a thousand other faces
I was disappearing in plain sight
Heaven help me, I need to make it right"

No minuto 1:49 do vídeo, é exibido em close um anel na mão esquerda de Florence, sendo mostrado em destaque em várias partes do vídeo.
O anel pode ser uma menção à vida social cara que Doroty Hale levava, e fruto de um possível noivado com Harry Hopkins, uma provável esperança de Hale se reerguer financeiramente, mas logo surgiram rumores do noivado, o que pode ter sido a causa do rompimento do mesmo. Ele pode representar também o fato de No Light, No Light ser uma musica sobre um relacionamento, o que ligaria Florence e suas atitudes desesperadas no vídeo ao rapaz que vemos com ela no final.

Seguem cenas onde Florence continua a lutar e a resistir às agulhadas no boneco de Vodu, aplicadas pela entidade maligna, até que não consegue mais resistir à dor e se joga do prédio.



"You want a revelation, you wanna get it right
But it's a conversation I just can't have tonight
You want a revelation, some kind of resolution
You want a revelation"


Enquanto Florence está em queda, a entidade maligna aparece novamente em movimentos performáticos, dessa vez dando a entender que teve êxito em seu ato.
Em seguida, Florence aparece em fuga, tentando se livrar do enviado das sombras. Essa fuga e cenas onde ela aparece correndo assustada dos enviados das sombras que a perseguem podem ser a representação da fuga de seus próprios medos e/ou não querer enfrentá-los cara a cara (“You want a revelation, you wanna get it right / But it's a conversation I just can't have tonight”)

"No light, no light in your bright blue eyes
I never knew daylight could be so violent
Revelation in the light of day
You can't choose what stays and what fades away
And I'd do anything to make you stay"
"No light, no light
Tell me what you want me to say"


Nesse momento, Florence em expressão de pranto se encolhe, protegendo o rosto, pois está prestes a atingir o "solo".


"Would you leave me if I told you what I've done?
‘Cause it's so easy, to sing it to a crowd
But it's so hard, my love, to say it to you all alone"


Depois a imagem do coral de meninos é exibida de longe, seguida de um close de seus rostos. Os servos do senhor sentem a chegada da alma de Florence, e erguem suas mãos para recebê-la, dando a entender que, no derradeiro instante, ela conseguiu atingir a liberdade que tanto queria. Esta cena também pode ser interpretada como o reencontro interior de Florence com a sua essência positiva. Florence atinge o vitral da construção eclesiástica, a representação dessa passagem (vida para morte).



Logo após, aparece Florence com um véu cobrindo o rosto, deitada no chão como se estivesse morta, e a mão de um homem tocando o seu ombro.

Os meninos então a recebem, erguendo-a em seus braços, e a câmera volta para Florence caída no chão sendo tocada no rosto, e depois o close de um rapaz com semblante triste. Florence tem no
pulso um relógio marcando 6:15, horário em que no dia 21 de outubro de 1938, Nova York, Dorothy Hale cometeu suicídio se jogando da janela do edifício Hampshire House.

O refrão da música continua.
Florence parece estar sendo velada pelo rapaz; ao redor de seu corpo podemos ver, além de velas, rosas amarelas (citadas no início da analise) e correntes, como se tivessem se soltado dela, libertando-a de sua agonia interior. Quando o homem do semblante triste a toca no peito, aparece a entidade maligna (demônio interno de Florence) se contorcendo de dor, como se o toque carinhoso do homem fosse nocivo para ele.

Fim do vídeo:
A vida de Florence chega ao fim, ela obtém a liberdade de seus tormentos, recebendo um abraço afetuoso do homem que lamenta sua partida.





Análise feita por:
@prialanis Priscila Alanis - São Paulo
@CelticBotan CelticBotan - São Paulo
@yasmimdeschain Yasmim Deschain - Pará
@bruhrj_ Bruna Cristina - Rio de Janeiro
@Phoenix__Ash Alexandre Camargo - São Paulo

Originalmente publicado em: http://www.facebook.com/notes/florence-the-machine-brasil/no-light-no-light-an%C3%A1lise-do-v%C3%ADdeo/202576743154234

"Ceremonials" - the Making Off

A little wonderful making off for "Ceremonials"! I loved it! *-*

Um pequeno making off do "Ceremonials". Amei demais *-*



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

No Light, No Light - Videoclip released!

Oh my God, Florence + the Machine's new videoclip was released today! That's just GREAT! The clip is creepy, seems to express a violent struggle between someone, the object of his/her love and his/her personal devils. The voodoo part is really awesome. The clip is full of a symbolism about light and darkness. The Church scene is my favorite!

Oh meu Deus, o novo clipe de Florence + the Machine foi lançado hoje! É INCRÍVEL! O clipe é assustador, expressando uma violenta luta entre alguém, a pessoa que esse alguém ama e os demonios pessoais que parecem atormentar essa pessoa e essa relação. A parte do voodoo é impressionante. O clipe tem todo um simbolismo sobre luz e trevas. A parte da Igreja é a minha favorita!



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Only If For A Night

Nota pessoal: Minha amiga e Flow Barbara Cunha (Celtic Botan) me mandou esse texto incrível pelo msn e eu não podia ser tão mal a ponto de privar outros fãs de le-lo. É um texto lindíssimo sobre uma música que significa demais para a Florence, Only If For a Night. A própria Florence já explicou a música, dizendo que foi inspirada por um sonho ou uma visão que ela teve da avó dela, falecida há algum tempo.


Ademais quero que todos se sintam livres pra fazer o mesmo, enviar qualquer coisa relacionada a Florence que tenha sido feita por vc ou que vc viu e achou belo. Aqui não é só um fan blog com news e updates, mas sim um recanto para compartilhamos nosso amor pela deusa e sua máquina.





Nota da autora: "Quando ouvi "Only If For a Night" pela primeira vez, gostei bastante, mas não me senti realmente ligada à ela assim como me senti com "What The Water Gave Me" ou "Spectrum". Então, soube do quê se tratava realmente - o sonho que Florence teve com sua avó, falecida quando Florence tinha apenas 14 anos, e como isso a abalou e ainda abala, direta ou indiretamente. Passei a ouvi-la de outra forma, com uma visão diferente da letra, e me comovi muito com o que ela nos conta e pela forma como ela se expressa em seu canto. Desde então, toda vez que escuto essa musica, tenho essa imagem da Florence, adolescente, fazendo suas "proprias cerimônias secretas" no jardim do cemitério em um dia muito claro e bonito, assim como ela descreve na letra. Vejo como se fosse uma cena que assisti em algum filme - é bem estranho, pois imagino com certa riqueza de detalhes que não é bem tipica de mim, mas ao mesmo tempo, não deixa de ser interessante.

Então, em cima dessa cena mental que tenho, tudo que ela já contou sobre ela, sua familia e sobre esse evento em sua vida, somei a algumas coisas que eu imaginei da situação e escrevi este texto. Espero que gostem.".

---

Sua mente e coração rodavam, assim como ela mesma fazia naquele exato momento.

Suas mãos, já sujas de terra, tocavam a grama rapidamente enquanto girava o corpo em uma estrela completa. O vestido preto descia toda vez, mas não se importava, usava um short por baixo dele - mas de qualquer forma, não havia ninguém ali para vê-la, estavam todos na igreja. Devia estar lá também, esperando que a cerimônia começasse, mas sentiu a necessidade desesperadora de sair de lá nem que fossem por alguns minutos. Precisava respirar, tentar recobrar a ordem em sua cabeça mesmo sabendo que não conseguiria. Já havia chorado em dois dias o que deveria ter chorado pelo menos pelos próximos dez anos, não fosse aquilo. Tudo que restou foi a incompreensão daquilo e incerteza de como seria a sua vida dali para frente – uma vida sem ela.

Continuava a girar e dar estrelas pelo jardim da igreja, uma enorme árvore protegendo-a do sol da manhã, e, mais ao longe, as lápides simples do pequeno cemitério projetavam sombras modestas sobre o gramado.
Ao contrario de como se sentia, aquele dia estava radiante em todos os sentidos, as cores parecendo brilhar muito mais àquela luz matutina – o céu estava mais azul e a grama muito verde e viçosa, como se o mundo inteiro tivesse sido criado momentos antes, embora ele houvesse terminado para ela no momento em que recebeu a noticia.

Chegando da escola com sua irmãzinha, encontrara a mãe querendo falar com elas, séria e com ares de quem havia chorado. Aquilo acontecera há apenas dois dias, mas parecia que havia acontecido há anos. Sua noção de tempo se perdeu em meio à confusão que se projetou dentro dela, da mesma forma como era uma menina de apenas catorze anos, mas que se sentia muito mais velha.

Sentia-se esgotada.

Não fisicamente, pois havia parado de dar estrelas e prosseguia seu ritual pessoal saltando como se pulasse uma amarelinha traçada em sua mente, em ritmos e passos diferentes. Seu esgotamento era acima de tudo emocional, não sabia mais o que sentir - raiva por ela ter escolhido deixá-la assim, tristeza pelos motivos que a levaram a isso, as saudades arrebatadoras que tomaram conta dela desde o momento que sua mãe lhe dera a noticia e até um estranho conformismo e o desejo dela ter conseguido descansar como tanto queria.

Oh minha querida, me conte, porque está assim chateada?

Decidiu fazer uma parada de mão - sempre fora terrível naquilo, mas contou com a parede branca da igrejinha para apoiá-la.

Venha, sente-se aqui comigo e me conte o que está acontecendo.

Parada de cabeça para baixo, sentindo o sangue descer por suas pernas e a pressão aumentar em sua cabeça, fechou os olhos verdes, desejando que a pulsação agora crescente em seus tímpanos abafasse o som da própria tristeza.

Não fique assim, meu bem. Vai dar tudo certo, você vai ver.

Tentava meditar, se acalmar, e, à sua própria maneira, prestar suas homenagens e sentimentos a ela.

As coisas podem parecer difíceis no momento, mas elas sempre se estabelecem e dão certo se você tiver um pouco de otimismo.

Sentia o rosto pálido ficar cada vez mais vermelho, o sangue pressionando-lhe a cabeça.
Tentava com todas as forças se esquecer o que havia acontecido.
Tentava não se lembrar de tudo o que havia acontecido desde que se lembrava dela até antes dela partir.

Venha, meu anjo, vamos até a cozinha, vou lhe fazer um chá. Acho que ainda tenho aqueles chocolates com licor que você tanto gosta.

Sentiu vontade de chorar de novo, mas não conseguiu.
Sentia-se exausta, exausta.

Vai te animar um pouco...

A pulsação em seus ouvidos fez sua imaginação transportá-la para o fundo de um oceano particular, um oceano que ela mesma havia produzido. Não é que não queria aceitar, a verdade é que não conseguia. Não agora. E tinha a sensação que nunca aceitaria.

Vamos. Detesto vê-la assim, tão triste...

Sua cabeça zumbiu e rodou, e não mais agüentando a posição, deixou as pernas tombarem para frente. A forte tontura obrigou-a a tombar o corpo para trás em resposta, estirando-se de barriga para cima. Sentia o calor do dia tentar aquecer seus pés frios, ao mesmo tempo em que a brisa agitava com doçura a franja escura, acariciando sua testa, tentando inutilmente consolá-la.

- Hey.

Abriu os olhos abruptamente, sendo resgatada de se afogar temporariamente sem que esperasse por aquilo.

Era sua irmãzinha, ajoelhada no gramado ao seu lado, que havia se aproximado sem que ela notasse. Usava um vestido simples de veludo negro, fazendo sua pele parecer ainda mais branca e seus olhos azuis parecerem ainda mais cristalinos - embora isso também se devesse ao fato dela estar num humor muito fragilizado, era sempre assim -, uma faixa, também de veludo, prendia os cabelos claros para trás, em alto contraste com eles.

- Você está bem? – perguntou, sua voz infantil soando preocupada. Acariciou com sua mãozinha pequena a testa da irmã deitada na grama. Mesmo tendo doze anos, era mais forte do que ela emocionalmente e estava sendo seu porto-seguro naquele momento tão complicado.

- Sim... – respondeu, com a voz apagada.
- A mamãe pediu para te procurar. Já vai... começar. – sua fala vacilou.

Ela se levantou com certa dificuldade, as pernas ainda meio dormentes, seguiu com sua irmãzinha até a porta da igreja e entraram juntas. Sua família se sentava nos bancos em frente ao altar, onde o caixão escuro repousava aberto.

Sua mente e coração rodaram uma vez mais, a ansiedade e o pânico voltando a se instalar por completo. Não queria ir, não queria vê-la daquele jeito, mas devia isso a sua memória. Ela merecia. Sua irmã, sentindo o seu pânico, passou o braço ao redor de sua cintura como que para ampará-la e motivá-la.

Embora naquele momento quisesse esquecer aquele acontecimento, aquele dia, aquela torrente de sentimentos desagradáveis, ainda voltaria a falar de tudo aquilo, anos mais tarde.




---



Only If For a Night - Florence + the Machine - Live at Hackney Empire

Florence And The Machine - Shake It Out - Live on X Factor Australia

Our goddess is so wonderful on that presentation
Nossa deusa Florence está tão linda nessa apresentação



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Leave My Body - A Personal Analysis


But if the very nature of knowledge changes, at the time when the change occurs there will be no knowledge, and, according to this view, there will be no one to know and nothing to be known: but if that which knows and that which is known exist ever, and the beautiful and the good and every other thing also exist, then I do not think that they can resemble a process of flux, as we were just now supposing.
Plato

I'm sick, really sick. I've got a cold.

But I really need to write about this song.

The song is "Leave My Body", the twelfth track of Florence + the Machine's new album, Ceremonials.

First, I just wanted to say it's a personal interpretation of the meaning of the lyrics, but Welch's verses are so rich that they can be understood in various ways. And much of what I'll write here is widely related to my personal life - but I won't name no one.


The instrumental of the track is deeply spiritual - as the album itself -, taking you to another sphere. Florence's voice seems to be the perfect way to get there.

She begins with those lines:

I'm gonna be released from behind these lines
I don't care whether I live or die
And I'm losing blood, I'm gonna leave my bones
And I don't want your heart it leaves me cold

I know what is being "released from behind these lines". When I fell in love - it seems so distant, it seems almost as in another incarnation -, I began to write poems. You know, those ridiculous love poems. They were even more ridiculous 'cause it was a impossible love (Do you know Lolita? Something like that.), and I just felt as if when I was writing, all those things inside myself were released. When I wrote, I was free. I called myself as "The Immortal Ophelia". The pain of my love was on my verse, and people could read it and understand me. I felt as it was a kind of salvation. And when I listen the music for the first time, I couldn't say how I was happy 'cause Florence seemed to understand me perfectly!

What about "I don't care whether I live or die/And I'm losing blood, I'm gonna leave my bones/And I don't want your heart it leaves me cold". I feel it as someone who is delivering himself (or herself) away; you know... As if you're a sacrifice for a goddess in the Old Days and you don't care at all. Just the last line is different, it  demonstrates that love can hurt.; the feeling of love as a jewel of light and darkness.

I don't want your future
I don't need your past
One grand moment
Is all I ask

I've read someone saying that this song was about a releasing from a sexual relationship. I think it makes sense ("One grand moment" could be an orgasm. It remembers me French called the orgasm le petite mort). And it's okay. But to me it's so... Different. I felt it like an expression of my damned amorous life. You wouldn't believe how I am unlucky on this heart subjects! Every guy who I get a clash on is... Married, gay or stupid. And OH MY GOSH, they think I WANT TO MARRY THEM, TO LIVE FOREVER WITH THEM. My God, no no no no no! The last thing I want is a marriage! My dad was so cruel to my mommy and me when they were married. It was terrible. I've learned a lot about the male nature with my father. I know how they are volatile, untrue , impetuous... I don't want a marriage, I don't want a prince. Florence says to me everything locked inside my soul: "One grand moment/Is all I ask".

I'm gonna leave my body
(moving up to higher ground)
I'm gonna lose my mind
(history keeps pulling me down)
Said i'm gonna leave my body
(moving up to higher ground)
I'm gonna lose my mind
(history keeps pulling me, pulling me down)


Do you want to know why I've had put Plato in the beggining of the post? That verse show why. Every single time I listen to this I remember Plato's theory! I remember his Metaphysics and the Platonic reality (The Intelligible Realm and Separation of the Forms). When I listen to Florence singing this part I just feel as if she wants to leave her body and sublimate herself through death. I feel like if she's saying she can deliver her body to rot in the ground, 'cause his soul is greater than flesh and bones. When she sings "I'm gonna loose my mind" I feel she's passing to this perfect world Plato told to us in a certain Greece, mainly when I listen to this part: "moving up to higher ground".

The "history keeps pulling me, pulling me down" just seems as if she couldn't get on this perfect world, this perfect reality. The lyrics themselves show this, she's saying she's going to leave her body, but the whole song is like if she's narrating the process, like if the moment isn't already done. So in those lines, when she says "puliing me down" it's just like the moment when everything goes wrong.


Okay, I know it's pretty crazy putting Plato inside a Flo's lyric.

But I am not normal.

Actually, I don't want to be.

Following on the song:

I don't need a husband, don't need no wife
And don't need the day, i don't need the night
And I don't need the birds let them fly away
And I don't want the clouds, they never seem to stay

Those lines sound Platonic too. The person just seems to abandone all the things from the Intelligible Realm, because they're unstable and fake, they can go away easily. They can't be trusted (just like my father, those lines also remembered me him... He once told me when I was a kid, he'd stay with me forever. Such a lie) - we can see this in "And I don't want the clouds, they never seem to stay".

The rest of the lyrics are a repetition:

Pulling me down
Pulling me down
Pulling me down
Pulling me, pulling me down
I'm gonna leave my body
(moving up to higher ground)
I'm gonna lose my mind
(history keeps pulling me down)
Said i'm gonna leave my body
(moving up to higher ground)
I'm gonna lose my mind
(history keeps pulling me, pulling me down)
Yeah, said I'm gonna leave my body
(moving up to higher ground)
I'm gonna lose my mind
(history keeps pulling me down)
(moving up to higher ground)
(history keeps pulling me, pulling me down)


I want to comment about these verses, anyway. I feel them as a claim, a a canticle of the soul. She's screaming, begging for redemption. She needs the hope of Plato. She needs a rest. She needs to leave her body.


P.S.: Sorry for the mistakes on English, I'm Brazilian.

Informações sobre os shows no Brasil

INFORMAÇÕES SOBRE OS SHOWS NO BRASIL

São Paulo
LOCAL
: Arena Anhembi
DATA
: 24 de Janeiro de 2012
ABERTURA DE VENDAS
: 17 de Novembro
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
: 14 anos (menores a partir de 5 e abaixo de 13 será permitida a entrada somente acompanhado dos pais ou responsáveis)

PREÇOS:

Pista
: R$ 200,00 / R$ 100,00
Pista Premium
: R$ 480,00 / R$ 240,00

Rio de Janeiro
LOCAL:
HSBC Arena
DATA:
25 de Janeiro de 2012
ABERTURA DE VENDAS:
21 de Novembro
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA:
16 anos

PREÇOS:
Pista Premier
: R$ 560,00 / R$ 280,00
Pista
: R$ 240,00 / R$ 120,00
Cadeira Nível 1
: R$ 380,00 / R$ 190,00
Cadeira Nível 2
: R$ 180,00 / R$ 90,00
Camarote:
: R$ 560,00 / R$ 280,00

Florianópolis
LOCAL: Stage Music Park
DATA:
28 de Janeiro de 2012
ABERTURA DE VENDAS:
23 de Novembro
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA:
18 anos

PREÇOS:
Camarote:
R$ 300,00 / R$ 100,00
Pista:
R$ 100,00 / R$ 50,00

Pra maiores informações, acessem o Portal XYZ

Créditos: Comunidade do orkut "Florence + the Machine"

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Florence + the Machine - Later Live with Jools Holland

I just NEED to share with you these amazing clips from "Later Live with Jools Holland". Probably the greatest Florence's perfomance on a TV show *-*

Eu preciso compartilhar com vcs esses clipes incríveis do "Later Live with Jools Holland". Provavelmente a mais linda perfomance da Florence num programa de TV *-*





Florence and The Machine faz shows no Brasil em janeiro

O Summer Soul Festival volta ao Brasil em janeiro de 2012 e traz uma variedade de artistas de primeira para o line-up. Por enquanto, os nomes confirmados são Florence And The Machine, Bruno Mars, Dionne Bromfield e Rox.

Dionne Bromfield é a sobrinha de Amy Winehouse que estava se apresentando quando Amy cantou em um palco pela última vez. Pouco antes de morrer, a falecida diva apareceu no show da sobrinha/afilhada para uma participação especial.

A cantora londrina Rox já participou de importantes festivais ingleses, como o de Reading and Leeds, e lançou seu primeiro álbum de estúdio no ano passado, intitulado "Memoirs".

Florence And The Machine está lançando seu segundo álbum de estúdio hoje, chamado "Ceremonials". A ruiva Florence Welch interpreta uma personagem bem sombria no clipe do primeiro single deste álbum, o Shake It Out.

Bruno Mars deve ser o principal nome da próxima edição do Summer Soul Festival. O cantor passou os dois últimos anos tocando sem parar nas rádios do Brasil com as músicas Billionaire (feat. Bruno Mars) (de Travie McCoy), Just The Way You Are, Grenade, The Lazy Song e Talking To The Moon.

O Summer Soul Festival 2012 ainda não tem datas ou locais anunciados.

Fonte: http://www.vagalume.com.br/news/2011/11/01/bruno-mars-e-florence-and-the-machine-fazem-shows-no-brasil-em-janeiro.html

Estou tão feliz! LETS FLOW!