NOTA: Esse foi um depoimento da minha amiga Laise que recebi no Facebook. Achei tão lindo que ñ pude resistir e tive que postar aqui =)
Curioso como tudo se interliga. Há uns anos atrás eu tive a oportunidade de escolher um fotógrafo para fazer um trabalho na faculdade, e meu trabalho foi sobre Julia Margaret Cameron. Nesse trabalho, pesquisei feito louca não só a biografia dela, como também sobre a Irmandade Pré-Rafaelita, de que ela fazia parte, e sobre os temas que ela fotografava (Ophelia, mito arturiano, Alice Liddell, Beatrice...) e nessa brincadeira muitas pontas desdobram-se, Lady of Shallot, um poema escrito por Tennyson, que era da Irmandade, cantado por Lorreena McKennitt, e mais tarde Emilie Autumn também fez uma versão. No meio do processo, em que eu descobria que milhões de coisas que eu amava e me identificava tinham tudo em comum e estavam interligadas, descobri que Julia Cameron era tia de ninguém menos que Virginia Woolf.
O trabalho seguinte, da mesma matéria, foi sobre um filme e eu escolhi The Hours. As interligações jamais terminavam, em que Virginia misturava-se com Nimue e com Ophelia na minha cabeça... e todas elas me lembravam Mona Mayfair. Foi nessa época que eu fiz o fake de Mona Mayfair que me levou a no futuro criar a Congregação dos Articulados.
Também associo muito a figura de Laura Brown com Clarice Lispector, quando a segunda fala sobre abandonar aquilo em você que faça mal a você e aos outros, e com isso cortando a própria força. "Ouça: respeite o que é ruim em você. Respeite sobretudo aquilo o que você acredita ser ruim em você. Não tente fazer de si mesma uma pessoa perfeita, não copie uma pessoa ideal, copie você mesma. Esse é o único meio de viver."
Tudo se liga. E Florence... Florence se parece fisicamente com Virginia, você não acha? Algo na forma do nariz e do maxilar. E What The Water Gave Me é como que o hino de todas essas mulheres trágicas, tentando encontrar a si mesmas e se perdendo com tanta frequência em seus labirintos internos. Mas -- Never Let Me Go, I'm not giving up, I'm just giving in.
O trabalho seguinte, da mesma matéria, foi sobre um filme e eu escolhi The Hours. As interligações jamais terminavam, em que Virginia misturava-se com Nimue e com Ophelia na minha cabeça... e todas elas me lembravam Mona Mayfair. Foi nessa época que eu fiz o fake de Mona Mayfair que me levou a no futuro criar a Congregação dos Articulados.
Também associo muito a figura de Laura Brown com Clarice Lispector, quando a segunda fala sobre abandonar aquilo em você que faça mal a você e aos outros, e com isso cortando a própria força. "Ouça: respeite o que é ruim em você. Respeite sobretudo aquilo o que você acredita ser ruim em você. Não tente fazer de si mesma uma pessoa perfeita, não copie uma pessoa ideal, copie você mesma. Esse é o único meio de viver."
Tudo se liga. E Florence... Florence se parece fisicamente com Virginia, você não acha? Algo na forma do nariz e do maxilar. E What The Water Gave Me é como que o hino de todas essas mulheres trágicas, tentando encontrar a si mesmas e se perdendo com tanta frequência em seus labirintos internos. Mas -- Never Let Me Go, I'm not giving up, I'm just giving in.
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